sábado, 27 de junho de 2015

Brasil permite casamento gay, mas ainda há preconceito, diz associação LGBT

O Brasil é um dos poucos países no mundo em que o casamento homoafetivo é permitido, desde 2013. O país, no entanto, está longe de acabar com o preconceito e a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT). "O país, que deveria atuar de forma mais contundente, pelo tamanho e influência que tem na América Latina, está caminhando para uma situação que, a médio prazo, vai ser extremamente difícil", afirma o secretário de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Beto de Jesus.

Ontem (26), o casamento gay tornou-se legal em todos os estados dos Estados Unidos. A questão é considerada uma conquista pelos movimentos LGBT e uma vitória, pelo próprio presidente Barack Obama.
No Brasil, o casamento homoafetivo é estendido a todo o país desde maio de 2013, quando entrou em vigor a Resolução 175, de 14 de maio de 2013, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo ela, os cartórios de todo o país não podem se recusar a celebrar casamentos civis de pessoas do mesmo sexo. Antes disso, já havia decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Apesar de já garantir esse direito, o Brasil ainda está entre os que mais matam por homofobia, o preconceito contra homossexuais. Em 2014, ocorreram 326 mortes, segundo relatório do Grupo Gay da Bahia. 

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