Estudar em escola pública de uma pequena cidade no interior do Piauí, ser filho de um casal pobre formado por empregada doméstica e pedreiro poderiam abater o emocional de qualquer jovem que tenta ingressar no curso de medicina de uma universidade federal. Mas a história de Sérgio Santana, 18, contrariou essa lógica e mostrou como a fé pode remover montanhas, ou melhor, como ela pode levar à aprovação.
Ex-aluno da Unidade Escolar Malaquias Damasceno, em São Lourenço (a 539 km de Teresina), Santana foi selecionado para o curso de medicina da UFPI (Universidade Federal do Piauí). Com nota 793,22 no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), ele foi aprovado na chamada regular do Sisu (Sistema Integrado de Seleção Unificada).
O jovem, que terminou o ensino médio em 2014, conta que levou um tempo para acreditar que poderia ser aprovado em um curso de grande concorrência. Mas admite que a fé em si mesmo foi o principal elemento.
´Por ser de escola pública, pensava: ´tem gente muito mais bem preparada.´Até 2014 pensava que não era capaz, mas minha nota melhorou muito do Enem 2013 para o de 2014 (saltou de 580 para 643). Foi um salto na minha autoestima. Depois do Enem 2014 percebi que tinha capacidade, que era possível e estudei´, contou.
Após deixar o ensino médio, Santana decidiu estudar sozinho em casa. Não fez cursinho, como tantos, e revela que a rotina de estudos não foi das mais puxadas. ´Acordava pela manhã às 8h30, começava a estudar às 9h e ia até o meio-dia. Almoçava e descansava um pouco, às 15h retornava e ficava até as 18h. No primeiro semestre, costumava estudar na madrugada, mas vi que rendia menos, aí mudei´, disse. (UOL educação)
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