segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Avicultura prepara-se para um ano de baixo crescimento e foco na competitividade

 

Apesar do bom desempenho da avicultura brasileira em 2015 – ano em que ampliou em 5% as exportações e manteve a liderança mundial, respondendo por 37% do mercado internacional dessa carne – as projeções para 2016 esbarram na crise do milho que eclodiu neste mês. ´Será um ano de crescimento modesto e resultados menores, exigindo foco no aumento da eficiência produtiva e na competitividade´. na avaliação do presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), José Antônio Ribas Júnior.

A ACAV está preocupada com o comportamento do preço do milho e demais insumos. O ano iniciou com cotações de grãos ´insuportáveis´ para o setor, 50% acima dos preços praticados em outubro. O dirigente acredita que a entrada da ´safrinha´ segurará as cotações, mas, de qualquer forma, ´neste patamar o setor projeta margens negativas para o ano.´
A maciça exportação está na raiz do problema. Ribas observa que ´agregar valor aqui dentro é uma decisão inteligente. Alimentarmos nossos concorrentes externos exportando milho irá tirar oportunidades internas de investimento e crescimento. Penso que isso já seja suficiente para entendermos a importância de contingenciarmos as exportações, como qualquer País faz para proteger seus setores estratégicos.´
As projeções do presidente da ACAV para 2016 são de moderadíssimo otimismo, pois o mercado interno apresenta consumo retraído. ´Precisamos estar fortalecidos em casa para sermos competitivos fora´, defende. Lembra que o agronegócio vem sustentando a balança comercial do Brasil e mantendo-se como alavanca da economia, mas, o fôlego do setor é fortemente prejudicado pela retração do consumo, restrições de créditos e taxas crescentes de juros. Acrescenta, ainda, as deficiências logísticas e o peso tributário que os setores produtivos carregam.
– ´O ano 2016 no impõe imensos desafios. Superar a crise interna e ampliar o atendimento aos mercados de exportação é fundamental. Estas questões definirão como será este ano. Porém, é na crise que criamos as melhores soluções. Acredito fortemente em nossas competências para fazermos que o ano 2016 não seja um ano perdido.´
CRESCIMENTO
Dois mil e dezesseis será um ano para focar em eficiência e otimização de custos. O País precisa seguir investindo em tecnologia para manter a posição mundial em produção em quantidade e qualidade. Porém, diante da forte pressão de custos, entende que é um ano onde a prioridade não é crescer e, sim, avançar em eficiência para mitigar custos crescentes. Sanidade continua tema prioritário na agenda do setor..
A conquista de novos mercados mundiais é prioridade em 2016. Será necessário estabelecer acordos sanitários do mercado recém-aberto da Coréia do Sul e ampliar a participação no Oriente Médio e Ásia com produtos de maior valor agregado. (Notícias Agrícolas)
Postado por: Marcelo Abdon

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