quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Após sofrer abuso ao vivo, apresentadora é demitida


A emissora mexicana Televisa anunciou nesta semana a demissão de dois apresentadores envolvidos em um caso de abuso sexual que teria sido transmitido ao vivo. Além do autor do abuso, a vítima também foi desligada da emissora.

No último sábado (24), imagens do programa A Toda Máquina (ATM), exibido pelo canal local Televisa Chihuahua, em Ciudad Juárez, mostraram o apresentador, Enrique Tovar, abusando de sua companheira de trabalho, Tania Reza, ao vivo.
As cenas mostram Tovar tocando os seios e as pernas de Tania que, incomodada, deixa o estúdio afirmando que era "impossível trabalhar desta maneira". Ela também foi alvo de frases machistas de Tovar, que afirmou que ela estava "muito hormonal" naquele dia.
De acordo com o comunicado de imprensa publicado nesta segunda-feira (26) pela Televisa, após uma investigação da área de Recursos Humanos da emissora, ficou "provado" que a cena foi "montada" pelos dois apresentadores, que queriam ganhar notoriedade por meio de um conteúdo viral.
No canal de imprensa da Televisa foi publicado um vídeo onde os dois "esclarecem" o episódio.
"Na vida real somos melhores amigos", contou o apresentador em um vídeo de esclarecimento. "Somos muito amigos", reforçou a apresentadora.
Em sua conta no Facebook, a apresentadora afirmou que gravou o vídeo sob pressão. "Lamentavelmente em situações como essas existem pressões por parte das empresas e obrigações de dizer - ou inclusive de gravar - que sou culpada", relatou.
O comunicado da empresa também reforça que a Televisa vai apoiar Reza caso ela mude de ideia em sua versão da história e deseje processar o apresentador por abuso sexual.
De acordo com informações do El País, o Conselho Nacional para Prevenção da Discriminação iniciou um processo contra Tovar por discriminação contra Reza.
Diante da repercussão do caso, a Comissão Nacional dos Direitos Humanos também emitiu um comunicado, afirmando que "reprova todo o ato de discriminação e violência, especialmente contra mulheres".
Fonte: Marcelo Abdon

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