sábado, 26 de setembro de 2015

A montanha

    Por *José de Castro
    Um dia, cheguei ao topo da montanha.
    Olhei para trás e vi muitos ainda subindo.
    Vi-a-lhes o esforço e a dedicação.
    Identifiquei-me com todos eles,
    pois eu já empreendera a minha subida
    e sabia o quão fora difícil chegar até ali.
    Então pude contemplar o horizonte distante.
    Sabia que ali não era o ponto final. 

    Na verdade, um recomeço, noutro patamar.
    Vi um extenso vale à minha frente
    e muito chão que haveria de ser percorrido, ainda.
    Mas eu já me via como um vencedor.
    Alguém que galgara uma posição invejável para muitos.
    Sabia que outros desafios viriam. Sorri.
    E, num gesto, amigo,
    estendi a mão para mais um que ali chegava.
    Solidariedade é preciso.
    Montanhas são lugares de celebração
    e nos fazem ampliar a visão para além de nós mesmos.
    Uma nova vida se desenhava a partir dali.
    Percebi que os maiores aliados haviam sido a perseverança, a fé, o sonho e a confiança.
    Desafios existem para serem vencidos.
    *José de Castro, jornalista, escritor, poeta. Autor de livros infantis. Membro da SPVA/RN e da UBE/RN. Contato: josedecastro9@gmail.com
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    SETEMBRO26

    Duas novas drogas surpreendem no tratamento contra o câncer

    O tratamento de pacientes com câncer avançado no rim pode ganhar dois novos aliados. A boa notícia chega pelo trabalho de pesquisadores dos Estados Unidos, segundo divulgou o jornal The New York Times, ontem. Só neste ano, o câncer de rim deve matar mais de 14 mil pessoas apenas em solo norte-americano, segundo a American Cancer Society.
    Em um dos estudos, pacientes com câncer renal avançado receberam a droga nivolumab, cujo nome comercial é Opdivo, e viveram por mais tempo do que os doentes que receberam o tratamento habitual com a droga everolimus, vendida por Afinitor . Ao todo, foram 821 pacientes participantes.
    Por isso, a pesquisa comparativa teve até de ser interrompida para que os pacientes do grupo de comparação passassem a ser medicados com o nivolumab. O tempo médio de sobrevida dos pacientes tratados com nivolumab foi de 25 meses, contra 19,6 entre aqueles que receberam everolimus.
    O segundo teste comparativo com o everolimus foi feito com a droga cabozantinib - de nome comercial Cometriq - e, mais uma vez, o novo medicamento se mostrou mais eficaz para retardar o crescimento do tumor no rim. O tempo médio de estagnação do tumor foi de 7,4 meses para a nova droga e de 3,8 meses para o everolimus.
    Mas, ainda não se sabe se o cabozantinib, de fato, é capaz de prolongar a sobrevida dos pacientes, já que o estudo, feito com 658 doentes, também foi interrompido. As pesquisas foram financiadas pelos fabricantes das drogas: Bristol-Myers Squibb, produtora do nivolumab, e Exelixis, que fabrica o cabozantinib. As duas drogas já estão no mercado estadunidense.
    Um dos líderes dos estudos, o médico Robert J. Motzer, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York, considerou os resultados alcançados com o nivolumab um grande avanço com potencial impacto global no tratamento de câncer renal avançado. Os estudos foram apresentados ontem, em Viena, na Áustria.
    O editorial do New England Journal of Medicine, que publicou dados das pesquisas, destaca que o nivolumab traz, certamente, um fôlego de esperança para os milhares de pacientes com doença, cujo tratamento, desde 2005, já foi turbinado com 7 novas drogas. Mas, a resposta ao tratamento ainda está longe de abranger metade dos pacientes com câncer avançado no rim. O percentual de pacientes que respondem ao tratamento com nivolumab está entre 20% a 25%. Já o percentual de doentes que reagiram positivamente ao cabozantinib foi de 21%, contra 5% para o everolimus. 

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