Munsch descobriu que homens e mulheres estão mais propensos a trair seus parceiros quando são economicamente dependentes deles.
“Os resultados indicam que as pessoas se sentem relativamente iguais em seus relacionamentos. Elas não gostam de se sentir dependentes de outra pessoa”, conta a autora do estudo divulgado na publicação EurekAlert!.
A pesquisa revelou que as mulheres que são dependentes financeiramente do marido tem 5% de chance de trair o esposo durante um ano. No caso dos homens dependentes das esposas, essa probabilidade aumenta para 15%.
Desse modo, Munsch descobriu que existe algo que torna os homens dependentes de suas esposas mais propensos a trair em comparação com mulheres na mesma situação.
“Sexo extraconjugal permite que os homens submetidos a uma ameaça à sua masculinidade se envolvam em comportamentos culturais associados à masculinidade”, revelou a professora.
Além disso, ela relata que os homens, especialmente os mais jovens, acreditam que a masculinidade está relacionada à virilidade sexual e à conquista.
“Assim, a infidelidade masculina pode ser uma forma de reestabelecer a masculinidade. Simultaneamente, a traição permite que os homens ameaçados se distanciem e punam suas esposas dominantes”, diz Munsch.
Elas traem menos
No entanto, quando o assunto é o comando da família, Munsch descobriu que homens e mulheres se comportam de maneiras diferentes. Para as mulheres, quanto mais chefe de família elas são, menor é a probabilidade de elas traírem o esposo.
A professora observou que as mulheres são menos propensas a serem infiéis quando todo o rendimento financeiro da casa parte delas.
“Pesquisas anteriores relatam que essas esposas sofrem de ansiedade e insônia e, por isso, se envolvem em um comportamento de desvio da neutralização”, conta Munsch.
Por exemplo, as mulheres que são chefes de família em seus casamentos tentam minimizar suas realizações e aumentam o seu trabalho doméstico.
"Este trabalho emocional e físico é utilizado para diminuir conflitos interpessoais e apoiar a masculinidade de seus maridos", disse Munsch.
Quanto mais dinheiro, maior a chance de traição
A autora do estudo também revelou uma relação diferente entre dinheiro e traição: os homens que não são dependentes das esposas são menos propensos a trair quando ganham até 70% do total da renda do casal. Contudo, acima dos 70% da renda, esses homens tornam-se mais propensos a trair suas esposas.
"Estes homens estão conscientes de que suas esposas são realmente dependentes e podem pensar que, como resultado, elas não vão deixá-los, mesmo que eles traiam", relata a professora.
Ela conta que esses homens também podem estar à procura de uma mulher que contribua economicamente mais que a esposa. “Eu não fiquei surpresa quando descobri que os homens que ganham muito mais dinheiro que suas mulheres traem muito mais”, conta Munsch.
No entanto, o que surpreendeu a professora foi o fato de que os homens completamente dependentes de suas esposas são os mais propensos a trair (em comparação com os que ganham muito mais dinheiro do que elas).
O estudo baseia-se em dados de 2001 a 2011 da Pesquisa Nacional Longitudinal da Juventude e considera mais de 2.750 pessoas casadas que variam em idades de 18 a 32 anos. (Exame)
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