A informação é do advogado Sérgio Bermudes, que defende Eike Batista na Justiça. "O juiz não pode usar um bem apreendido. O bem apreendido não fica em poder do juiz, mas em poder da Justiça", disse Bermudes, que fez críticas contundentes ao juiz. "Num ato de insanidade, ele afrontou a lei. Levou o Porsche para sua própria casa", disse Bermudes.
Segundo o advogado, o Porsche foi estacionado na garagem de um dos prédios do Condomínio Parque das Rosas, na Barra da Tijuca. Bermudes disse que vai encaminhar uma representação contra o juiz ao Conselho Nacional de Justiça. Afirmou ainda que Eike Batista "vai propor uma ação de danos morais contra a pessoa física do magistrado".
No Tribunal Regional Federal do Rio há um pedido do advogado que solicita o cancelamento do leilão marcado para quinta-feira (26) e a devolução dos bens apreendidos na casa do empresário. Ainda no TRF há um pedido de afastamento do juiz do processo. A defesa do empresário afirma que há parcialidade do juiz Flávio Roberto de Souza no caso. Dois desembargadores do TRF já decidiram pelo afastamento do magistrado. O terceiro desembargador pediu vistas e analisa o caso.
Outro lado
O juiz Flávio Roberto de Souza confirmou que estava com o Porsche de Eike Batista e justificou a razão de ter guardado o veículo na garagem do prédio onde mora, na Barra da Tijuca. "A PF (Polícia Federal) não tinha depósito seguro e lá ficaria exposto ao sol, chuva e possíveis danos. Como eu queria o carro em bom estado de conservação, levei para uma vaga coberta (no prédio onde mora). Não levei para usar, só para ficar guardado", disse o juiz.
O magistrado acrescentou que enviou ofício ao Detran para informar que estaria transferindo o veículo para um outro local. "É uma situação normal. O carro ficou guardado em local seguro, longe de ser suscetível a qualquer dano", disse o juiz. Segundo Souza, o carro ficou na garagem de seu prédio "por ser um local de sua absoluta confiança" e monitorado por câmeras. Ele criticou Sérgio Bermudes, advogado de Eike, que divulgou as fotos do Porsche fora do estacionamento da Justiça Federal. "A defesa (de Eike) não tem argumentos técnicos e faz jogo sujo, de paparazzi, sem legitimidade", afirmou Souza. (UOL)
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