| As Oligarquias estão finalizando um longo ciclo de poder |
O final do mandato do prefeito Jackson Bezerra poderá representar o afastamento do poder das tradicionais famílias políticas de Afonso Bezerra. Famílias Bezerra, Souza e Monteiro devem sair de cena ao final do ciclo de 08 anos de poder e de comando do executivo local.
A ausência de um nome deste ciclo familiar para suceder Jackson Bezerra será a possibilidade real de se concretizar um afastamento muito temerário para estas ilustres famílias. Longe da chapa majoritária e de influir nas decisões de uma futura gestão essas famílias correm um sério risco de verem a liderança exercida a décadas escorrer pelas mãos.
Talvez por um erro estratégico e/ou por pura dependência política, comenta-se nas ruas que a próxima chapa do grupo situacionista não deverá contar com nenhum nome oriundo das oligarquias afonsobezerrenses. O prefeito Jackson Bezerra está vendo o tempo passar e sua gestão caminhar para o final, e sua liderança ser substituída por pessoas fora de seu ciclo de sangue.
A fina flor das oligarquias políticas de nossa cidade amargam a possibilidade de serem substituídas no poder por aliados "fieis" mas sem qualquer laço afetivo e de compromisso real e duradouro. Sem possibilidade de reagirem por pura dependência política, estas famílias devem ter que apoiar um nome para encabeçar sua chapa majoritária de alguém no qual não dividem mesa e nem laços de consanguinidade.
O que para muitos parece ser coisa normal, um aliado obter o apoio de outro, no mundo político raramente as oligarquias aceitam de bom grado dividirem o poder e a liderança de seu latifúndio político. Na cidade de Afonso Bezerra as coisas não são diferentes e estas famílias não costumam reagir bem a possibilidade de perder espaço e poder de decisão.
Dizem que a chapa da situação deverá ser ocupada por uma dupla do campo, vamos omitir os nomes neste momento, porém a turma da cidade deverá reagir e buscar um lugar ao sol. Muitas perguntas ainda estão longe de serem respondidas, pois se a dupla for do campo, as oligarquias correm sério risco de deixarem de existir politicamente em um curto espaço de tempo.
Num breve exercício de futurologia, a vitória de uma dupla do campo fará com que as tradicionais famílias percam o mando do jogo e das regras, pois com a possibilidade da reeleição ser mantida eles podem passar 08 anos longe do poder, e ao final do ciclo serem trocados pelo grupo adversário, ou seja, o aliado de hoje pode ser o adversário a ser enfrentado daqui a 08 anos. Nada impede de que ao final de 08 anos surja um desentendimento e o afastamento dos aliados de ocasião.
Na tradição de nossa cidade, exceto em raras ocasiões, as famílias tradicionais sempre indicaram alguém para compor chapa majoritária, seja como cabeça ou como vice. O cuidado com a preservação de espaço político é uma máxima das oligarquias, elas não aceitam perder espaço e serem reféns de pseudo aliados.
Caso o prefeito não reaja, e se por ventura as famílias abdicarem da postulação de espaço majoritário na eleição de 2016, eles devem ter suprimidos o seu poder pelos anos a fio,
Quem viver, verá!
| JOSEMBERG SANTOS |
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