terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Governo define preço mínimo da uva Isabel em R$ 0,70 o quilo

A uva Isabel pode ficar mais cara neste final de ano. Usada na produção de vinhos, sucos e geleias, a variedade deverá ser cotada a R$ 0,70 o quilo na safra 2014/2015. O reajuste de 11% foi reivindicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) junto ao Governo Federal. Na última safra, a uva Isabel custava R$ 0,63 o quilo. A maior parte da produção da fruta está concentrada nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, comemora o percentual de aumento, que deverá ser anunciado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no Diário Oficial da União ainda essa semana. "O produtor necessitava desse estímulo às vésperas da safra. Agora temos que fazer com que a matéria-prima tenha cada vez mais qualidade", disse.
Para a indústria, que ofereceu R$ 0,67 pelo quilo do produto, o índice definido pelo governo deve ser absorvido pelas empresas com alguma dificuldade. "Ficou um pouco acima do que esperávamos. Em 2015, teremos outros aumentos, como as garrafas, que devem ficar 7,8% mais caras. Mas reconhecemos que é um valor muito bom para os produtores e eles são parte muito importante da cadeia produtiva", ponderou o presidente da Associação Gaúcha d e Vinicultores (Agavi), Rogério Beltrame.
Entre as cooperativas, que dependem da definição do preço mínimo por conta do acesso a financiamentos e outras políticas públicas do governo, o valor a ser pago pela uva foi considerado acima da expectativa.
Nos meses que antecederam a definição do preço mínimo pelo Governo Federal, as entidades setoriais realizaram encontros para chegar a um consenso sobre o valor a ser pago. Na negociação, as indústrias propuseram o pagamento de R$ 0,67 o quilo – com a reposição da inflação do período – e os produtores R$ 0,73 o quilo, ou seja, abaixo do custo de produção, estimado em 0,76. Como não ocorreu o acordo, coube à Conab estabelecer o reajuste no período previsto em lei (até o final do mês de novembro, antes do início da colheita nas principais regiões produtoras). (Globo Rural)
Postado por: Marcelo Abdon

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