O preço de referência para o boi gordo no norte do Estado do
Tocantins está em R$ 122,00/@, a prazo, o que indica uma valorização de
22% na comparação com o início do ano, segundo levantamento da Scot
Consultoria.
Em um mês, a alta foi de 5,2%. Nos últimos doze meses, a cotação
média do boi gordo foi de R$ 106,66/@, 12,6% menor que a referência
vigente. O cenário do mercado do boi gordo na região é de oferta
razoável de boiadas, com difícil escoamento de carne. As escalas de
abate dos frigoríficos atendem, em média, três dias úteis. O diferencial
de base em relação a Barretos (SP) está em -6,2%.
Brasil
O mercado do boi gordo fechou a última semana em ritmo desacelerado,
com poucas alterações frente ao cenário verificado ao longo da semana.
As negociações ocorrem de maneira compassada e a situação é reforçada
por um "represamento" das vendas por parte dos produtores, aponta a
consultoria.
A dificuldade de reposição da boiada é um dos principais fatores que
restringem a comercialização. Houve alta nas referências para o boi em
Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em São Paulo, as
escalas de abate atendem, em média, quatro dias úteis.
No mercado atacadista de carne bovina com osso o cenário é de
estabilidade. O boi casado de animais castrados está cotado em 7,63/kg.
Os estoques de carne estão abastecidos. Em função disso, não são
esperadas recuperações vigorosas de preço, mesmo com a virada do mês e a
possível melhora no escoamento.
Insumos
A boa notícia é que o pecuarista está pagando 8,9% menos pelo farelo
de soja em relação 2013, mas os preços do insumo subiram 0,9% em
setembro, na comparação com agosto.
Segundo levantamento da Scot, em São Paulo, a tonelada do alimento
concentrado está cotada, em média, em R$ 1.078, sem o frete. O menor
valor encontrado foi R$ 970 por tonelada no Estado.
Em curto prazo, não estão descartadas quedas nos preços do insumo,
mesmo com a demanda firme. A pressão de baixa sobre os preços do grão,
com o avanço da colheita nos Estados Unidos (safra 2014/2015), pode
refletir sobre os preços do farelo.
No mais, as exportações brasileiras diminuíram. Em setembro, até a
terceira semana, o país embarcou, em média, 51,5 mil toneladas de farelo
de soja. Este volume é 33,9% menor que a média diária exportada em
agosto. Na comparação com a média de setembro do ano passado, os
embarques caíram 23,2%. (Scot Consultoria)
Fonte:http://www.marceloabdon.com.br/
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