terça-feira, 27 de setembro de 2016

Brasileiros nascidos depois de 1994 não usam cheques


Os brasileiros que nasceram depois de 1994, quando foi implantado o Plano Real, não usam cheques e sequer sabem preenchê-lo. Segundo matéria do Correio Braziliense, a resistência dos jovens aos cheques se deve, principalmente, a dois motivos: falta de praticidade e impossibilidade de negociar descontos, já que diante da inflação alta, a espera implicava mudança de valor do pagamento.

É o caso da estudante de Letras Letícia Neri, 20 anos, que resolveu abrir uma conta no banco para comemorar a sua independência. Ela queria organizar as próprias finanças e ter a liberdade de gastar o dinheiro com segurança. Optou por uma conta universitária, com tarifas e taxas de juros mais baixas. A surpresa veio quando recebeu 10 folhas de cheque. Letícia já tinha visto a mãe usando esse instrumento bancário, que lhe parece complicado demais, e não pensou duas vezes. ´Eu enterrei os cheques no meu armário. Com o cartão, faço todas as compras. É fácil e seguro para mim e para quem vai receber´, diz.
Desde os tempos em que a mãe de Letícia tornou-se uma correntista bancária, muita coisa mudou. Compras e transferências podem, agora, ser feitas pelo computador, pelo caixa eletrônico e pelo celular. Por isso, o número de operações com cheque diminuiu significativamente nos últimos 20 anos, sobretudo entre os consumidores.
O papel ainda resiste nas empresas para pagamentos de grandes valores. É tamanha a relevância para as firmas que os recursos movimentados por cartões só se tornaram predominantes em 2014.
Dados do Banco Central mostram que, em 1997, os brasileiros e as empresas usaram 2,9 bilhões de folhas para pagar R$ 1,8 trilhão. No ano passado, 669 milhões de cheques foram usados para cobrir despesas de R$ 953 bilhões. A quantidade de folhas usadas despencou 77,3% no período e os valores movimentos caíram 48,8%.

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